RIO - O coma do músico pernambucano Dominguinhos, de 71 anos, é irreversível, segundo informações do jornal "Diário de Pernambuco" divulgadas nesta sexta-feira. De acordo com o blog da jornalista Carolina Santos, a família foi informada no dia 25 de fevereiro que o estado de saúde do sanfoneiro era irreversível. Apenas agora, no entanto, o filho mais velho de primeiro casamento do cantor, Mauro da Silva Moraes, resolveu divulgar a informação em respeito aos fãs.
“Quando meu pai ainda
estava internado em Recife, um médico disse que ele não ia mais acordar. Não
acreditei, outros médicos disseram que ele poderia sair do coma. Ele abria os
olhos e ficava todo mundo esperançoso”, lembra Mauro.
“No mês passado, o
médico dele no Sírio-Libanês falou que o coma não tinha mais volta. Eu
perguntei se ele ia acordar e ele me disse que não, que o quadro do meu pai
estava caminhando para um coma vegetativo”, lamentou o filho. “É triste saber
que os admiradores não sabem o verdadeiro estado de saúde dele. As pessoas
pensavam que ele estava melhorando. O marca-passo foi retirado, um dos rins
está funcionando, mas ele não tem reação alguma. Faz alguns movimentos, como
apertar a mão, mas os médicos disseram que é involuntário”, contou. “Oro todo
dia para ele acordar. Milagres existem”.
Segundo o último boletim
médico divulgado pela assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês, em 14
de janeiro, Dominguinhos permanece na UTI, respondendo de forma satisfatória ao
tratamento médico e apresenta melhora no padrão hemodinâmico e respiratório.
O compositor foi
internado no dia 17 de dezembro na Terapia Intensiva (UTI) coronariana do
Hospital Santa Joana, em Recife, com quadro de infecção respiratória e arritmia
cardíaca. No início da internação, sofreu oito paradas cardíacas, chegando a
ficar quase cinco minutos com o coração sem bater.
No dia 13 de janeiro, o
músico foi transferido para o Sírio-Libanês, em São Paulo, a pedido da família.
Dominguinhos luta contra um câncer de pulmão há cerca de 6 anos e tem diabetes.
No hospital, ele recebia tratamento para tratar uma infecção e um marca-passo
temporário foi colocado no músico para controlar a arritmia. Ele foi submetido
a uma traqueostomia e também vinha passando por sessões de hemodiálise.
José Domingos de Morais
nasceu em Garanhuns, em 12 de fevereiro de 1941. Considerado herdeiro artístico
de Luiz Gonzaga, conheceu o rei do baião com apenas oito anos de idade. Aos 13,
já morando no Rio de Janeiro, ganhou a primeira sanfona de Gonzaga.
Em 2010, Dominguinhos
foi o vencedor do Prêmio Shell de Música Brasileira. Na premiação, recebeu no
palco Gilberto Gil e Elba Ramalho para apresentar clássicos como "Eu só
quero um xodó" e "Aconchego". Em 2002, ganhou o Grammy Latino
com o CD "Chegando de mansinho".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários aqui publicados são de responsabilidades dos autores.